Nossa destemida Jaguara irá se defrontar com uma nova categoria de tribo guerreira, os Guarini Ka'i (Guerreiros Macacos). Um povo poderoso mas que vive ou tenta viver à parte dos conflitos do Jaguaretama.
Nos cenários a seguir, tento mostrar um pouco da dificuldade natural para se chegar até esse povo.
Em algumas partes do caminho, homem algum conseguiria chegar a não ser que tivesse a espetacular força e agilidade dos Guarini Ka'i, o que não é o caso dos Krenakores e da grande maioria das tribos guerreiras do Jaguaretama. Mas como todos sabem, Jaguara lidera uma tribo de guerreiros por algum motivo, levando em conta que é uma mulher, o que foge completamente da tradição de líderes da história dos Krenakores.
Sua persistência e coragem são seus grandes trunfos e diferenciais que a fizeram se tornar uma lenda nessa terra inóspita e bela.
Vejam então, um dos estudos do primeiro cenário, que é o acesso preliminar para se chegar aos domínios dos Guarini Ka'i:
Neste cenário, de vista lateral, mostro a escala de tamanho com a imagem da Jaguara assinalada de verde. Lembre-se que a Jaguara tem 1,95 m de altura e com isso temos uma ideia do tamanho destes troncos retorcidos com galhos pontiagudos. A vegetação abaixo é composta de enormes arbustos espinhentos, que estão tão próximos uns dos outros, que o único meio de se atravessar é por cima dos troncos. Os espinhos destes arbustos expelem uma gosma viscosa que em contato com a pele causa um tipo de paralisia neural em poucos minutos. Para os Guarini Ka'i, atravessar troncos e galhos é tão natural e fácil como caminhar pelo bosque para os humanos. E este é apenas o primeiro obstáculo natural de seus domínios.
No segundo cenário, mostro um deslumbre daquilo que os Krenakores chamam de "caminho aéreo". Observem:
Neste cenário, a única forma de se locomover é voando ou se equilibrando nestes cipós grossos amarrados e entrelaçados em troncos gigantescos, que segundo alguns relatos, passam de 100 m de altura! Quem conseguir passar por esse caminho, começa a chegar perto da tribo do Guarini Ka'i. Claro que visitantes não são bem-vindos se não forem convidados, portanto sempre há uma patrulha de guerreiros macacos por lá, para dificultar ainda mais o quase impossível acesso.
Alguns dos principais conflitos ocorrerão nos domínios dos guerreiros macacos e espero poder mostrar o quão difícil é isso, já que neste lugar além de seus donos, pouquíssimos animais conseguem sobreviver.
Quando crio cenários deste tipo, fantasiosos, perigosos e bucólicos, os faço primeiramente vazios, para entender e estudar sua estrutura e topografia natural, para só então introduzir personagens nele. Desta forma, procuro adaptar os personagens ao cenário e não o contrário, pois na Natureza e em nosso mundo, DEVERIA ser assim. Mas...
Neste momento de criação e estudo, prefiro ouvir algo suave e que de alguma forma, me ajude a "linkar" o que estou sentindo com o que estou desenhando. Tenho uma App no meu iPhone chamada "Aves do Brasil - Mata Atlântica", que é gratuita, onde posso ouvir mais de 90 cantos de diferentes pássaros de nossa fauna. Vale a dica... Ouço também algumas músicas líricas e com temas de grandeza e pureza. Segue a dica de 2 músicas muito legais, que ouvi algumas vezes nesse processo:
Essa música se chama "Storms in Africa" da musicista irlandesa Enya (que eu e minha esposa adoramos) do álbum Watermark, de 1989. Esta é uma performance ao vivo mas há o clipe da música no You Tube para quem quiser ver que é envolvente e emocionante.
Esta se chama "Caribbean Blue" e é do albúm Shepherd Moons de 1991. Fascinante.
E o projeto continua indo bem...
É isso!
Valeu!